quarta-feira, 10 de junho de 2009

gavião de penacho




Nome Científico: Spizaetus ornatus (Daudin, 1800)
Nome em inglês: Ornate Hawk-Eagle
Ordem: Falconiformes
Família: Accipitridae
Outros Nomes: Apacanim, Águia de tufo
Habitat: Florestas preservadas
Distribuição: América do Sul e Central
Alimentação: Aves e Mamíferos

O gavião de penacho, apesar de ser chamado de "gavião" em nosso país, trata-se de uma ave de rapina no inglês na categoria "Hawk-eagle" uma Águia florestal. Esta espécie, sem dúvida é uma das mais belas do Brasil, necessita de grandes extensões de florestas bem preservadas para obter seu alimento e se reproduzir com sucesso, sendo este tipo de habitat cada vez mais raro ultimamente.
O gavião-de-penacho é mede de 58 a 67 cm de comprimenteo, com uma envergadura de asas de até 140 cm. Os machos podem pesar cerca de 1 kg e as fêmeas chegam a atingir 1,5 kg. Na cabeça possui um conjunto de penas que medem até 10 cm, formando um penacho preto. As laterais da cabeça, nuca e peito são castanho-avermelhadas, com a garganta, o ventre e os flancos brancos, estes apresentando barras irregulares negras. O dorso e as asas são marrom-pardacentos, quase negros. Seus tarsos são completamente emplumados e sua cauda longa apresenta três barras cinza-pardacentas. Os juvenis apresentam cor branca predominante. Presente em todo o Brasil e também do México a Argentina, é um gavião encontrado em florestas primárias e secundárias, em locais com clareiras, próximo de rios ou da borda. Aparentemente caça dentro da mata, usando poleiros altos para observar a passagem de possíveis presas. Realiza vôos de acasalamento um ou dois meses antes do início da postura dos ovos, quando a fêmea permanece em poleiros nas proximidades do ninho, construído no topo de árvores emergentes com alturas que variam de 16 a 30 metros. Um único ovo é colocado, sendo incubado durante 48 a 51 dias, e o tempo de dependência do filhote chega a 15 meses, fazendo com que haja um intervalo de pelo menos dois anos entre uma reprodução e outra. Alimenta-se de várias espécies de aves, como araras (Ara), papagaios (Amazona), baitacas (Pionus), tucanos (Ramphastos), cracídeos (Penelope, Ortalis e Crax), macucos (Tinamus), inhambus (Crypturellus), urus (Odontophorus) e pombas (Columba e Leptotila). Depois das aves, são os mamíferos as presas mais freqüentes: gambás (Didelphis), serelepes (Sciurus), quatis (Nasua) e porcos-espinho (Coendou). Répteis, como grandes lagartos (Tupinambis), são capturados em menor número. Ele costuma também seguir formigas de correição para capturar animais espantados por elas.

Assim como a harpia (Harpia harpyja), esta espécie tem grande apelo popular, não apenas pelo porte e coloração atraentes, mas especialmente por ser um exemplo destacado dos processos de extinção aos quais foram submetidas as aves peculiares. Infelizmente, o gavião-de-penacho da mesma maneira que outros rapinantes brasileiros é hoje considerado uma espécie rara em função da falta de florestas preservadas, da matança indiscriminada de aves de rapina e do tráfico de aves selvagens. Além disso outra ameaça vem sendo o tráfico de filhotes, geralmente para o exterior, uma vez que é muito valorizado em outros países, para o uso em falcoaria.

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